A velocidade máxima de circulação de veÃculos nas estradas brasileiras é determinada a partir de estudos do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre o local. A análise leva em conta as caracterÃsticas técnicas da via e as condições do tráfego, como o relevo, o volume de uso, se a pista é simples ou dupla, entre outros fatores.
De acordo com o Relatório da OMS, com o aumento da velocidade média nas vias urbanas, há também um aumento na probabilidade de acidentes e na gravidade de suas consequências, em especial para os pedestres, ciclistas e motociclistas. Resumindo: quanto maior a velocidade, maior a chance de acontecer um acidente e maior a gravidade dele.
Estudos mostram que a partir de 80 km/h é praticamente impossÃvel para
um pedestre sobreviver a um acidente. A uma velocidade de 30km/h, o
risco de morte do pedestre é reduzido para 10%.
A velocidade inadequada reduz o tempo disponÃvel para uma reação
eficiente em caso de perigo na via. Em alta velocidade, muitas vezes não
há tempo suficiente para evitar um acidente. Conforme estudos, o
cérebro demora pelo menos 1 segundo para reagir diante de um novo
estÃmulo. A 80km/h, em pista seca, o carro percorre 22 metros neste
tempo, antes de o motorista pisar no freio.
A distância de parada é aquela que o veÃculo percorre desde o momento em
que você vê o perigo e decide parar até a parada total do veÃculo. A
velocidade influencia diretamente no tempo para essa parada. Um
automóvel a 80km/h, com pneus e freios em bom estado, em asfalto seco,
leva aproximadamente 50 metros para parar.
O bom senso manda que a velocidade do veÃculo seja compatÃvel com todos
os elementos do trânsito, principalmente às condições adversas. O tipo
de piso, as condições climáticas, quantidade e posição de pedestres,
motociclistas, caminhões e elementos do trânsito também são fatores que
influenciam diretamente na decisão sobre a velocidade segura na via.